domingo, 15 de maio de 2022

Na Gruta de Pan


É, o Tempo não é perdido.
Lembro-me muito bem, de cada questionamento e insatisfação com a experiência de existir. Ao passo que, por dentro, havia uma certeza da vida que pulsava forte em mim... e, a cada dor, um véu se desvelava. Eu busquei incessantemente pelo Tempo, e o Tempo, no seu tempo, me notou dentro dele, me cercou do meu lugar, e passou a mostrar significado em cada uma de suas respostas. Hoje, dentro do Tempo, eu consigo compreender um pouquinho mais sobre Ele mesmo... Que em uma pausa, me fez parar de correr, e parei assim, de me chocar contra as paredes. 
o Tempo, grandioso, eterno e infinito Tempo, me convidou a olhar para o alto... E abrindo os olhos, pude ver a porta em minha frente... Havia uma Luz vindo de fora, então eu não ouvia mais a música, aquela que me hipnotizava, e percebi que estava livre, aquietei minhas pernas e não mais dancei descompassada, tirei dos meus punhos as algemas envelhecidas e enferrujadas... eu caminhei para fora. Mas sobre esse caminho eu conto, conto em uma outra história. 

É, o Tempo nunca é perdido, sou EU, e estou de volta. Agora, com mais convicção do que questões, um pouco mais em ordem do que em caos. Mais perto da felicidade, do que da crise. Eu estou aqui. Presente!