quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Estranho


Por um segundo parece estar do meu lado...
e quase vejo,
ficaria pensando se não estou me dispondo muito mais a este relacionamento virtual...
e se minha confiança etivesse ligada a alguém que eu não sinto o cheiro, que não olho nos olhos, que imagino o timbre da voz, o sutaque... mas não ouço...
E se todas as minhas horas fossem mantidas nesse estreitamento quase platônico?
É o meu mecanismo de defeza?
Seria uma fulga pra um lugar onde não sentem meu cheiro, se estou fedendo, não olham nos meus olhos pra ver se estou amando, não ouvem minha voz pra perceber quando estou mentindo...
Eu fugiria pra um lugar onde posso ser quem eu quiser?
Por um segundo tudo ficou mais estranho...
e quase desejo,
ficaria pensando se somente diante de uma tela de computador, eu posso ser!
Ser quem eu sou! ser como sou... sem limites, sem medos...
Eu pararia por horas aqui na frente e ficaria em silêncio, pensando, repensando... tentando adivinhar o que você está pensando...
E se toda minha demora pra aprender andar sobre pernas de pau fosse só pra segurar nas suas mãos
por um ano eu não seguraria mais... talvez mais de um ano... talvez nunca mais...
E esse relacionamento quase virtual, estreitamento quase platônico, passaria a ser minha confiança, por quanto tempo?
Eu não gosto do fim das coisas que são profundas...
é como se secasse o mar... pra onde iria toda a imensidão de águas?
Eu não posso entender! Não posso aceitar!
Se é tão estranho, o fato de estar constantemente na praia... e não entrar no mar! jamais mergulhar... meus medos, de me ferir, de ferir o outro...
de sair da zona de conforto, medo de correr risco...
Sabe porque é estranho?
Porque apesar de tudo, eu posso sentir!
não cheiro, nem o tom de voz, mas eu posso "sentir os sentimentos"... é isso o estranho, apesar da distância, não é minha fulga, apesar dos emoticons, não é virtual
é amor, e não é platônico!

Que tava com saudade mesmo!