terça-feira, 7 de maio de 2024

Cebola Roxa

 Quantas camadas de apuros e apertos no meu peito nos apertos dos teus abraços hei de seguir contando e cortando e chorando com a acidez da beleza da escolha, da firmeza e por quatro cebolas roxas eu me reencontro no vazio miúdo da miudeza dos seus pedaços entrelaçados nos meus braços um tiquinho do que arde em mim… 

Como poderia eu, dizer? Vou tirando camada por camada dessa minha persona dissimulada pra me encontrar no profundo e desarmado núcleo do amadurecimento. Quero crescer. Quero me despir desse externo de mim e dessas partes de você. 

Mas, por quantas, quantas camadas ainda preciso percorrer ? E como é que me liberto de você? Uma pedra de citrílio, me ajudaria a engolir o que é melhor eu não dizer? 

Ficou um texto sem desfecho, e sabe, não é só você que se frustra por não saber o final, eu também me sinto frustrada. Mas as lágrimas não são por esse motivo, afinal, eu não choraria por isso… as lágrimas são só por causa da cebola roxa, cortada.