quarta-feira, 2 de julho de 2025

Tira ela de mim

 Eu sempre tive uma queda pela dualidade. Desde de minha adolescência, as voltas com duos de amores estranhos... Esse mês de junho, depois de três anos, foi marcado pela sobriedade. E eu me vi livre de uma amarra emocional. paixão pela qual eu cultivava por hábito. 

Posso afirmar, límpida e claramente, que o amor é só um! Que o amor é uníssono. 

Eu a aceitei, integrei e a libertei. O amor é único, o amor é um, o amor é só um.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

E eu fico comovido de lembrar o tempo, e o som...

 E no primeiro dia, caminhava, corria e sentia o cheiro da flor, do jasmim, e falava de dor, e sorria mesmo assim.

No primeiro dia, e o primeiro mergulho, em outro mundo infinito verde mar azul, e o arco-íris do final e afinal sobre rodas e um o céu nublado da estação com folhas secas que enfeitam e arrumam o chão para que que eu consiga ficar aqui na terra, e não flutuar com o contar de tantos abraços nos braços, pernas cabelos sal e canto da boca... pra não voar no olhar de pérola castanha tão cheia de expressão. 

Escolhi essa música pra trilhar o segundo dia, com a taça de vinho que em meus melhores sonhos eu não beberia, o incenso, o céu cinza e vontade de assimilar a busca pela sabedoria e o presente que veio me entregar. 

Busca, no primeiro dia mudar. Busca no segundo dia, ficar. 

domingo, 27 de abril de 2025

Outono


 As tardes de outono tem um misto de cores muito especial... Gosto de sentir a brisa que já não é tão quente como no verão, e nem tão gelada como no inverno... Não que aqui, nesse estado, seja assim, tão perceptível a mudança da estação... Mas, é fácil perceber, se a gente coloca um pouquinho de presença, se a gente sente com atenção. 

Meu coração foi se embora hoje, e olha, eu nem  sou muito de falar dela não... Mas bastou essa distância geográfica que começou a doer, e quando dói, eu escrevo pra mim mesma, que é um jeito de me acolher... Ela se foi e eu queria escrever um reflexivo e longo texto falando sobre apego, mas, por fim, tudo que saiu foram palavras suaves de outono. Pensei em escrever sobre o amor ou o costume. A carência e o medo da solidão... mas, se algo pode ser mais acalanto do que o calor do verão que passou são os ventos que passeiam e me tocam, tranquilamente, nessa tarde de outono.

  - A ausência dela me faz presente em minha própria estação... E eu as sinto dentro de mim; ausência e presença. 

Não é apego. Não é medo... medo de solidão. É uma genuína admiração! Assim sentada assistindo o entardecer... e o brilho das estrelas que vão surgindo, uma a uma no céu... eu a amo, ela é como uma verdadeira paisagem outonal. Cheia de cores especiais e uma ventania serena, e um cheiro doce. Como folhas coloridas que sonhei, e o colorido que apenas o Sol do outono sabe fazer nas nuvens das tardes... ela sabe se fazer amar. É o amor das minha vida inteira. 

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Eu esqueci

 Sobre as mil coisas que não quero lembrar, e vou dormir 

domingo, 30 de março de 2025

Inglês

 Me constrange.

do que se origina a palavra... me aperta, me sujeita e comanda...

então estou me deixando conduzir; te conduzindo nos passos da minha dança, abraço o teu abraço...

Eu briguei com a arte, briguei com o canto, briguei com a dança e briguei com a poesia... Mas a tua arte me aperta, me deixa constrangida... na raiz da palavra me envolve, em mim, avança.

Descrever  as cenas que eu não imaginaria, por escolha eu não imaginaria. Mas a recordação é difícil de evitar... - Linda, sério! 

Sangue na mão, gelo pras mãos, pano de chão? 

Eu sinto o presente! me sinto presa... Mas não tenho pressa.. Quero que essa vida aconteça. que essa voz dentro do meu peito floresça.

P
ra que eu fale tuas palavras em outra língua, pra você entender tudo que não consigo dizer. Love you.

sexta-feira, 28 de março de 2025

Meus textos das madrugadas

E eu, me incomodo de tanto eu... costumava escrever de madrugada... costumava contar sobre a vida, na estrada...

minha amiga Dendê em câncer... poderia ser um signo, mas inesperadamente... e eu não estou indiferente. só um pouco ausente, ausente do mundo e das companhias por que tenho sentido medo. Medo de todo esse processo de força viva e dessa coisa misteriosa que sempre sonhei em estar... medo de não ter essa força essa vida. O que era Rei foi embora, cheia de "isso não faz mais sentido" mas que sentido não faria mais depois de quase quarenta anos? que sentido não faria mais se um Leão ainda descompassa o ritmo do meu coração enquanto das Oliveiras eu recebo o melhor e mais doce dos azeites... da cura do amor.

Sem falar de Luna, a flor... da lua, que não vejo há mil noites e toda essa falta que o mar me faz... toda essa saudade do mar  que vejo na minha sacada. 

Se falar das coisas que não posso chamar de minhas, e das que posso: os meus medos, e os meus egoísmos a minhas mais antigas lembranças. Algumas taças de vinho depois de um dia tão especial e eu escrevendo banalidades de persona estranha que sempre fui... dessas que tem arte e que não encontra meios de explicar a não ser expressar...de ser só... persona também faz parte do meu alimento! alimento de alma, que quer por quer voar; mais alto do que todas as alturas, bailar com o céu, deixar de acreditar e passar a viver! a viver!

Eu estou aqui me dando a chance de escrever depois de tanto tempo, o TEMPO está sempre me cercando... mas eu estou a cerca dele também... sempre.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Apego

 A gente se apega a cada coisa… 

A roupa que veste o caminho que faz, a cor dos domingos o olhar para traz 

Olhar para traz com apego, que a gente tem das estradas das pessoas, dos lugares, das xícaras, do jeito que fazemos a comida, do barulho que a onda do mar faz. 

A gente se apega a cada coisa, como se fossem parte de nós.

A gente se apega aos lençóis… apegados a tudo mas não temos nada, com tantas pessoas, mas sempre sozinhos, nessa vida apegada. 

Dela, não vamos levar nada. A não ser as memórias dos apegos, que voltaremos sedentos pra encontrar…

Quero olhar melhor sobre o que ou quem devo me apegar. Pelo que quero procurar quando voltar, o que realmente faz parte de mim, e o que eu devo deixar passar