Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára

Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

O tempo não pára...
(CaZuZa" Sobre a presença da sua ausência...)