Eu moro em um lugar que pela janela do quarto ou na sacada, posso ver brilhando como um chamamento o grande M em amarelo… símbolo do fast food que passei uma infância inteira sonhando. Cheio de desejos e estórias, memórias e convites ele está bem mais perto de mim agora do que já esteve algum dia. Uma “casa” que moro, mas não necessariamente onde resido. Ah, mas se me apaixonei, então por que não falo desse sentimento aqui? Graças aos céus, posso falar pra ela, no ouvido dela, em cada bilhete, olhando nos olhos, nessa casa que não escolhi pra mim. Que bom, estou aqui. Mas hoje estou me sentindo em lugar nenhum. Hoje me sinto só.